domingo, 16 de setembro de 2012

Inspiração do poeta - Momento Espírita





Inspiração do poeta

Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:
Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.
Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.
Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.                                         

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
 Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina em nossa intimidade.
E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...

                                                                                                                                         Redação do Momento Espírita.

Em 23.08.2012.



Oportunidades diárias - Momento Espírita



Oportunidades diárias
Narra uma lenda chinesa que, às margens de imenso rio, vivia um pescador muito pobre.
Mal o rosto dourado da manhã se abria em sorrisos e as mãos brincalhonas da brisa matinal começavam a espalhar perfumes, ele se levantava e seguia para o rio.
As aves voavam alegres pelos ramos das árvores, em gorjeios maviosos. Mas nada disso animava Vicente, o pescador.
Ele andava lento, depois de se levantar com preguiça. Tomava o café matinal sem prestar atenção ao pão que fora servido, com carinho.
Com má vontade, naquela manhã, como em tantas outras, ele pegou suas redes de pesca, os apetrechos necessários e foi para o barco.
O dia prometia ser maravilhoso. A mãe natureza se esmerava em preparar um detalhe diferente, para que a reprise do dia anterior não fosse total. Um detalhe, afinal, é sempre muito importante.
Mas Vicente nada via. Foi resmungando para o barco. Sentou-se meio a contragosto, sempre reclamando e sentiu alguma coisa no chão. Sem olhar, apalpou com a mão direita. Encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.
Distraído, sem ânimo para iniciar o trabalho da pesca, começou a jogar as pequenas pedras no rio, aguardando a chegada do sol.
Jogou uma a uma, divertindo-se com as ondulações que se desenhavam na superfície das águas.
Finalmente, o sol apareceu soberano, rasgando a escuridão da noite, com o seu punhal de luz.
Agora havia calor e muita luminosidade. O novo dia abriu seu manto de belezas para que todos o pudessem apreciar.
Vicente, ao pegar a última pedra, verificou que ela cintilava, refletindo os raios do sol. Examinando melhor, percebeu que se tratava de um diamante, explodindo claridade e beleza.
Levantou-se depressa e sacudiu a sacolinha. Estava vazia. Dando-se conta que jogara no rio uma imensa riqueza, Vicente se pôs a gritar, esbravejar, acusando todas as pessoas e o mundo por sua desgraça.
Sentia-se infeliz e amargurado. Perdera um grande tesouro. Jogara tudo no rio.
E, enquanto gritava e se desesperava, nem se deu conta de que ainda possuía nas mãos a última pedra preciosa.
*   *   *
Se você acordou esta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que o milhão que não sobreviverá esta semana.
Se você nunca passou pelo perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, ou as aflições da fome, você está à frente de quinhentos milhões de pessoas no mundo.
Se você tem a ventura de frequentar um templo religioso, de seguir uma religião sem o medo de ser preso, torturado ou morto, você é mais abençoado do que três bilhões de pessoas no mundo.
Se você tem comida na geladeira, roupas no corpo, um telhado sobre a cabeça e um lugar para dormir, você é mais rico do que setenta e cinco por cento das pessoas do mundo.
Por tudo isso, não se esqueça de agradecer a Deus a oportunidade da vida, da saúde, da liberdade e de todas as outras bênçãos de que você desfruta.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Para sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas e Em prece, de autoria desconhecida.
Em 22.08.2012.



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